Todas as coisas que se perdem nas mudanças entre casas,
no fazer e desfazer malas de viagens,
nas trocas de bolsas, mochilas, pastas e estojos
todos os objetos que trocaram de lugar, todas as coisas sem volta, todas as coisas que revogaram sua posse:
São coisas irremediáveis,
que a gente perde e depois, displicentemente, se esquece de procurar.
São coisas escondidas debaixo do tapete, nas frestras das paredes, nos vãos dos vincos do tempo,
e é pra lá que todos nós vamos, um dia.
2 comentários:
Sou cheia de perder as coisas, as pessoas... parece um destino.Será que um dia, encontrarei tudo novamente?
Bjo'o Tiago
Que lindo. Perder a própria alma debaixo da cama...
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