Eu peso em carga grande e densa
O peso que sustento; hora explosão, hora silêncio;
Pulsa amiúde sob meu cerne fatigado
Ansiando impaciente qualquer parva forma
Pretexto que dou-lhe apenas para vê-lo livrado.
Preso, pois, meu peso jaz como angústia sepulcral
Este meu pesar; hora apatia, hora desespero;
Vela um sonâmbulo triste e inerme
Incapaz de atirar-se nos sonhos que o rodeiam
Patético frustrado que nem peleja e, já por isso, perde.
Então, eu, que ambiciono e insisto
Empunho isto, digamos: vida; hora feliz, hora apenas poesia;
Para dizer-lhes, com sorrisos e lágrimas que me ratificam,
Sejam para fora: renunciem às insignificâncias que inibem alegrias
Posto a felicidade estar além de nós; visto não cabermos diante tamanha vida.
De depressivo à feliz da vida em três estrofes. (:
9 comentários:
Angústia tá sem acento por licença poética, esquecimento ou a nova norma?
Nem prestei atenção, fiquei pensando nisso o resto todo do poema. :S
Valeu pelo toque e pela grande atenção. :)
:)
cara, to passando no seu blog a recomendação do Ziggy.
Estou fazendo um projeto, que é uma revista eletronica, mistura textos de varios autores e ilustrações feitas por mim.
Ficaria muito grato se pudesse participar comigo dessa empreitada e modo de divulgação de nossos trabalhos.
:) passa la no ww.rubensmedeyros.blogspot.com
e procura por "Susnhine"
ate!
Que bom que aceitou! fico maior contente de feliz.rs
:) sinta-se a vonts para mandar um texto seu em especial ou pedir para que eu pegue um texto do seu blog, para publicar na Sunshine.
Como vc tem dois blogs! fica a seu criterio se quer divulgar os dois ou apenas um deles.
:) favor me contactar rs.
Nobre Tiago,
Esses teus versos me lembraram muito o Pesar de Alma. De lá extraio tudo aquilo que peso na balança, que me move, que me incomoda, faz cócegas, causa o pranto ou qualquer coisa que me leve a escrever, pois uma coisa que detesto é deixar palavras entaladas na garganta.
Acho boa essa coisa que as pessoas chamam de "botar pra fora", já que de alguma forma isso nos torna mais leves - ou menos pesados. Pra mim é super válido que o poeta se utilize das circunstâncias (não importa quais), fazendo delas matéria prima para trazer à tona a poesia.
O grande bacana da arte é isso: a rede infinita das possibilidades de criação.
Abraços,
Ziggy
:) seu texto é muito bom cara.
Mas relmente é grande!
Se tiver algo menor...
Mas pode deixar que eu guardei, pq quero mais para frente deixar a revista maior e incluir ilustrações "quadro" "quadro" rs.
:)
foi da tristeza ao entusiasmo em poucas linhas.
gostei da transição.
delicada, não repentina.
(:
Te indiquei para receber um prêmio. Confira lá em meu blog a postagem.
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