sábado, 7 de dezembro de 2013

Unicórnios saltitantes.

Um bom texto começa pelo título. Ele precisa ser arrojado e esbanjar sobriedade. Afinal, as palavras, quando escritas e divulgadas, tornam-se um registro público capaz de ser replicado indiscriminadamente. É preciso ter cuidado com a Internet porque associar sua imagem pública a material autoral meia-boca pode, até mesmo, lhe custar um emprego. Daí a necessidade de avaliar e reavaliar se é, realmente, preciso publicar o que se escreve. Se o texto for pra gaveta ou pra uma pasta aleatória no computador, por mais tosco que ele seja, permanecerá inofensivo. Quando as palavras não vêm a público, seus efeitos são anulados pela razoabilidade do autor sensato. Sensatez é um pré-requisito pra se escrever. É fundamental atentar, além do conteúdo, pra a métrica e forma. A literatura não merece ser desrespeitada com brincadeiras levianas e inúteis. Um bom texto, pra ser útil, necessita causar impactos relevantes e insights produtivos em quem os lê. Os ingredientes pra um bom texto incluem: um título original, clareza e concisão, ideias dispostas de forma racional e compreensível, ambiente propício e cabeça sã a fim de dar vazão às ideias de forma ponderada. Nota: música fossa e fome não combinam com um bom texto. Corações machucados não geram bons textos. E lembrem-se: o exercício é a alma do negócio. É preciso escrever muito, todos os dias, pois a prática leva à perfeição. Modéstia à parte, este texto ficou perfeito e merece servir de base pra outros igualmente interessantes, válidos e incisivos. Porque um bom texto necessita de palavras pouco usuais. Não é pedantismo, é apenas para aproveitar todo o preciosismo da língua. Fim.

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