O nexo do que nem sei se existe, o sentido da inexistência. É aquela velha, bem velha explicação que devo a mim. Já faz uns tempos que estou em débito.
Compreendo. Dessa vez, e é uma rara exceção, uso o ninguém. Porque ninguém além de mim sabe como ele se sente. Sem saber se acredita, espera, renuncia, desabona, luta, corre, dorme, pensa, procura ou deslembra. Não exijo que saiba. Dilacerante aguardar o que não tem tempo pra chegar, se é que está vindo. Pode ter chegado e partido, e se partiu. Mas se partiu...
Vagando pelo caminho, nem nasceu e já está perdido. O plano inacabado desmoronando. Destroços caindo rasgando o espaço, o ar não oferece resistência. Espatifam-se, o que está embaixo é fraco demais pra amortecê-los. Esmagam.
Não me surpreende. Os destroços são pingos de uma nuvem estranha. Densa demais, cinza, carregada, intensa, uma tempestade solitária a mercê do vento. Dilúvio de raios sem trovões.
Mas ele nascerá. Será puro, real, intenso, verdadeiro, incompreensível, pulsante, transformador, infinito. Será tanto, que será tudo mesmo que depois morra e vire nada, se é que ele morre. Um sol que acalentará a nuvem, e irradiará vida. Mais que isso, fará vida. E será um bom tempo, e as horas não existiram mais.
Horas não servem pra muita coisa mesmo. Medir pontos, ver por olhos, sentir o que não se sente. Não, não funciona assim. Precisa delas, mas quando ele nascer não precisará mais. Maior que as horas, não será preciso medir o tempo. Morrerá.
Funcionará. Quando nascer e for maior que tudo.
Funcionará...
4 comentários:
???
A existencia diante dos nossos olhos!!
Acabei de postar, de uma olhada lá blz!!
E o "feto" é o amor!
acertei dessa vez ou foi muita pretensão ainda??
Ciclos, sempre ciclos...
Não dá pra fugir disso, nao tem como.
(E quantos adjetivos!)
Ah...
postei mais algumas coisas lá no blog.
Retirei umas bobagens menos ruins do fotolog.
Quando tiver mais centrada volto a escrever.
Dá uma olhada, afinal se tu nao tivesse me torrado a paciencia eu nao teria feito
hauahuh
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