quinta-feira, 27 de março de 2008

Sob o Tédio.

A essência, o que é só, que é o que és, é quase tão vazia quanto o tempo que passa arrastado. Carregando ânimos, certezas, esperanças, vontades, sentidos, carregando o ser.
O tédio, o tédio não é não ter nada pra fazer, ou ter milhares de coisa pra fazer e não fazer nenhuma delas. É bem mais complexo e sufocante. É um estado de espírito, uma angústia relapsa, falta profunda, um vazio que forma de maneira única: pois são feitas de nada, as bases que sustentam o que camuflamos e disfarçamos com o esquecimento do que somos, uma indiferença profunda. Não pela falta de ação, mas pelos pensamentos que desenterram a nossa primeira camada, uma lembrança quase amarga. A ausência e a falta mais profunda que temos, de não sentir.

Só resta ser, e só um ser, um ser sendo só, é pouca coisa mais que uma ausência.

2 comentários:

Sidereus Nuncius disse...

o tédio ta em cima de vc?
é o q da de entender pelo titulo

e ve se da proxima vez tu sai qdo eu convidar em vez de reclamar q ta entediado =p

Anônimo disse...

"Só resta ser, e só um ser, um ser sendo só, é pouca coisa mais que uma ausência."

Pô, muito bom seu texto!
Muito mesmo. ;)