segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Sinto muito.





Tanto.
Por trás de algo há sempre outra coisa,
E atrás desta, outra e outra...
Consigo vê-las, não claramente, mas consigo.
E é bom ver sem enxergar demais,
Dentro de mim se distorcem.
O que eram não importa.

Não é sempre,
Sempre é muito, e só o tanto é muito.
Mas há momentos em que consigo percebê-lo,
Momentos efêmeros, como todos os momentos.
Não. Nesses é diferente, o tempo é desigual.
O início e o fim são pontos de uma esfera, eu estou no centro.

Momentos em que eu não sou eu,
Deixo de fazer parte de mim, me junto ao tanto.
Ah, como o tanto é maravilhoso...
Não há lugar para o espaço, tudo é um só.
Não faz sentido. Mas não é isso que importa,
O que realmente faz valer, o que faz continuar, é simplesmente S
entir.
E eu sinto muito, muito.


Um comentário:

Luena Barros disse...

é esse hermetismo, essa ambigüidade, esse paradoxismo que orientam.
'sinto muito' - eu também.